As atividades na Praça da Gentilândia, no Benfica, continuam acontecendo, seja no início do dia ou no fim da tarde, com o futebol na quadra, as caminhadas e as aulas de ginástica. Mas quem frequenta o local reclama da falta de manutenção e do consumo de drogas no espaço. A praça também está servindo de moradia para pessoas em situação de rua, que ocupam a área em barracas de acampamento, redes atadas entre as árvores e colchões nos bancos.
“A gente já viu família inteira dormindo aqui, cozinhando, mas também usando crack, maconha”, critica a aposentada Rita de Cássia Alves, 64, moradora do entorno para quem há dez anos a praça é rotina. Esse é o mesmo tempo que o taxista Ramon Aquino, 38, trabalha no local, mas ele avalia que, no início do ano, a quantidade de pessoas dormindo na área era maior. “Como aqui a ocupação é grande, com diversos grupos fazendo atividades, podem ter migrado para outras praças”, sugere.
O titular da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), Cláudio Ricardo, afirmou que a ocupação na praça é recorrente e já há atuação de equipes de abordagem da pasta.
Projeto
Ontem, o secretário participou de uma reunião para apresentar o projeto municipal Novos Caminhos ao Ministério da Justiça, que assegurou R$ 1,5 milhão para a iniciativa. O foco é ampliar e desenvolver iniciativas intersetoriais voltadas para inserção de usuários de álcool, crack e outras drogas em situação de rua, por meio dos seguintes eixos: convívio social, qualificação profissional, inclusão produtiva e provisão de moradia.
AUTOR: O POVO
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