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quinta-feira, 9 de julho de 2015

INSEGURANÇA ABALA OS LUGARES MAIS TRANQUILOS DO CEARÁ

Conversar na calçada com familiares e vizinhos é um hábito ainda cultivado durante o dia na zona rural das cidades interioranas, já que, à noite, se torna bastante inviável (Foto: Diário do Nordeste)

Sabe aquela ideia de que morar em sítios e vilas rurais é sinônimo de paz e tranquilidade? Ficou para trás. Os sertanejos praticamente perderam esse sentimento. Ele foi substituído pelo medo e desconfiança de quem chega próximo às casas ou passa pelas estradas. A mudança foi rápida. O temor agora é com a criminalidade crescente que bate à porta das famílias do Interior do Estado, não apenas dos centros urbanos, mas também da zona rural.

A delinquência estendeu-se dos centros urbanos para as áreas rurais. Essa realidade alcança todas as regiões do Ceará, com variantes de intensidade e modo diverso de ocorrência. Não é um fato isolado. Os casos mais comuns relatados são de arrombamento de casas e assaltos praticados contra moradores e comerciantes. Mas, há também homicídios e estupros.

Diariamente, a Polícia Militar (PM) divulga, em cada Companhia ou Batalhão, boletins de registro de ocorrências. E lá estão escritos os roubos, assaltos e arrombamentos praticados nas áreas rurais. Uma das mais recentes ações criminosas ocorreu no sítio Amarração, zona rural do município de Umari, Centro-Sul cearense. Por volta das 20h, dois homens, em uma moto preta, usando capacetes e armados de revólver, roubaram a motocicleta de uma professora.

Fuga

A ação contra moradores das áreas rurais é diária e amedronta moradores na região. "Áreas isoladas com estradas carroçáveis interligando municípios e outras localidades facilitam a fuga e a criminalidade", observa o delegado regional de Polícia Civil de Iguatu, Luiz Gonzaga. "A Polícia tem dificuldade de deslocamento, é distante das delegacias e dos destacamentos", comenta.

O delegado não fala em migração do crime, pois as ações permanecem nas cidades do Interior. "A prática passou a ocorrer também na zona rural e, nas áreas isoladas, há maior registro", informou. "Avalio que esses jovens que usam moto e praticam crimes nos sítios estão em busca de dinheiro para o consumo de droga, sobretudo o crack, que se disseminou", constata.

Quem percorre as localidades rurais logo percebe essa triste realidade. Há exceções, mas na maioria dos sítios há relatos, lembranças de algum vizinho ou conhecido que já foi vítima de assalto. A melhoria de renda das famílias permitiu aquisição de bens (veículos, celulares, smartphones) e a instalação de mercadinhos, lojas de confecções, perfumaria e presentes na zona rural, o que acabou despertando a atenção de ladrões e assaltantes.

Os bandidos agem em vários locais. No registro de depoimento das vítimas há um fator comum: elas sempre referem-se a duplas armadas, utilizando motos. "O crime está cada vez mais organizado e o que a gente percebe é que os autores são criminosos que ganham a liberdade e, no dia seguinte, alugam uma arma, pegam uma moto e vão agir", destaca o capitão José William Oliveira, subcomandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Iguatu. "Os assaltos acontecem nos sítios, não há como negar essa realidade", frisa.

Efetivo

Para agravar a situação, o efetivo policial nas pequenas cidades quase sempre é reduzido. São, em média, cerca de três homens por turno. Muitos municípios, no entanto, sequer contam com delegacias. O número de viaturas também é limitado. O problema foi agravado quando o governo do Estado reduziu a quota de combustível de R$ 1.500 para R$ 700 por mês.

O Diário do Nordeste solicitou, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), informações sobre as estatísticas de crimes praticados no Interior do Estado. Entretanto, até o fechamento desta edição não obteve nenhuma resposta ou esclarecimento.

O silêncio do governo parece querer esconder uma realidade que vem assustando os moradores dos sítios, locais nos quais o número de ocorrências só crescente a cada semana.

"Isso aqui já foi calmo, a gente sentava na calçada, esperava o Aracati (vento) chegar à noite e conversava até o sono chegar", contou a aposentada Severina Oliveira, moradora da localidade de Itans, zona rural de Iguatu. "Agora a gente vive assustado, com medo até durante o dia", lamentou.

Na localidade de Cajazeiras, em Iguatu, os moradores aproveitam a sombra e o clima ameno no fim de tarde para conversar, evitando permanecer durante a noite fora de casa, privando a população desse antigo costume. "Ninguém imaginava que a violência ia chegar desse jeito aos sítios", afirma o aposentado Cândido Celestino Neto. "Não dá mais para confiar", declara.

Em uma breve conversa com moradores dos sítios, facilmente se constata o sentimento de medo, generalizado. "Roubaram o celular e dinheiro da mãe e da filha, quando voltavam para casa", conta Aldemir Cardoso. Todos têm uma história semelhante a relatar.

"Eles aproveitam e roubam motos, dinheiro, celular, fazem assaltos nas lojas e vão embora, sem que a Polícia apareça", denunciou o produtor rural Luís Moreira, de Santa Felícia, zona rural de Acopiara. Grades de ferro já se tornaram comuns nas casas da zona rural. O clima de insegurança também. São poucos os sítios que ainda preservam o sentimento de paz e tranquilidade.

A divulgação de ocorrências policiais na zona rural, por meio de programas diários no rádio - que detêm muita audiência no campo -, amplia o temor entre as famílias. "Há 20 anos, ninguém ouvia falar nada disso (violência). Vivia-se tranquilamente. O medo era da seca, da fome, das dificuldades", recorda o agricultor Pedro Souza. "Infelizmente, nesse aspecto, a vida piorou bastante", constata.

Mais informações:

Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu

Fone: (88) 3581-0307

10º Batalhão de Polícia Militar em Iguatu

Fone: (88) 3581-9457

AUTOR: DN

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