Cristiane Renata Coelho, a ex-mulher do subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino, apresentou na última terça-feira (19) à Justiça a defesa em resposta à acusação de homicídio.
Através do documento, entregue pelo advogado Paulo Quezado, a mulher nega ter assassinado o filho autista Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, na noite de 10 de novembro do ano passado. Da mesma forma, Cristiane diz não ter envenenado o então marido.
A argumentação apresentada pela defesa questiona os métodos utilizados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), bem como alega que houve "quebra ou inexistência da cadeia de custódia", justificada pelo advogado através da "má-preservação do local do crime", dentre outros detalhes. A defesa contratou um Parecer-Técnico Pericial a um perito criminal, especialista em perícias de acidentes de trânsito. Segundo a defesa de Cristiane Renata, "faltam os meios para sustentação de sua acusação, faltam as provas concretas de atuação criminosa da ré". Além disso, conforme os advogados, a ex-mulher do subtenente "é trabalhadora, sendo pessoa benquista, possuindo excelente conceito junto à comunidade em que vive".
A defesa pede que seja julgada improcedente a inicial acusatória contra a ré, além de que seja oficiado o Hospital Geral Militar em Fortaleza (HGMF), para que encaminhe cópia dos prontuários médico psiquiátrico de Cristiane e de Francilewdo.
Também são pedidas oitivas de oito testemunhas, sendo sete delas moradoras de cidades de Pernambuco. Cristiane Renata está presa desde o último dia 7, quando se entregou à Justiça.
Ela é acusada de ter posto veneno para ratos em sorvete e usado a mistura para matar o filho. O marido sobreviveu à mistura do veneno com vinho, que também teria sido oferecido pela mulher.
AUTOR: DN
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