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sábado, 4 de outubro de 2014

CLIENTE TERIA SIDO MORTO POR POLICIAL QUE FAZIA A SEGURANÇA, NAS LOJAS AMERICANAS

Ricardo da Silva Neto, 35, foi atingido no tórax e levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF) por uma ambulância do Samu, mas não resistiu FOTO: VC REPÓRTER

O inquérito que investiga a morte de Ricardo Silva Néri, 35, ocorrida no último dia 23, dentro das Lojas Americanas Express, na Avenida Santos Dumont, no bairro Cidade 2000, sofreu uma reviravolta diante de novas hipóteses que foram levantadas, durante as investigações. 

A versão de que houve um assalto e que o cliente foi morto em uma troca de tiros entre os seguranças do estabelecimento e bandidos, está sendo rebatida por outra, em que um segurança clandestino, que seria policial, teria atirado em Ricardo por desconfiar de uma atitude do rapaz, considerada suspeita pelo segurança.

O inquérito que apura o assassinato foi avocado do 15ºDP (Cidade 2000) para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por força da Portaria Nº217/2014, do dia 29 de setembro de 2014. O caso será investigado pelo diretor da DHPP, delegado Ricardo Romagnoli do Vale. A decisão tomada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, teria sido baseada na complexidade dos fatos.

Investigação

"Todos os homicídios que ocorrem são graves e devem ser apurados com o mesmo rigor, mas este fato denota uma investigação mais apurada. Tendo em vista que o 15ºDP já tem muitas tarefas, pois apura todos os crimes da área, avocamos o inquérito para a DHPP que é especializada em crimes desta natureza. Isto irá facilitar a confecção de laudos, verificação de provas técnicas e até na celeridade das oitivas das pessoas que forem notificadas", disse Andrade Júnior.

Conforme apurou a reportagem, o caso está envolto em muitas informações controversas e a tese de que o cliente da loja tenha sido vítima de uma bala perdida, pode não ter fundamentos. Uma fonte da Secretaria da Segurança Pública ouvida pelo jornal disse que ninguém que estava no estabelecimento afirmou ter visto movimentações que sugerissem um roubo. 

"O Ricardo teria entrado na loja portando uma bolsa, em que ele trazia um item comprado para o filho e iria efetuar uma troca, mas foi confundido com um criminoso. Quando ele fez menção de tirar o objeto da bolsa, um segurança considerou aquilo uma atitude suspeita e disparou contra ele", declarou.

Policiais envolvidos

No dia do crime duas hipóteses foram ventiladas pela Polícia sobre quem teria atirado em Ricardo: a primeira dizia que ele teria sido baleado durante uma troca de tiros entre ladrões e o segurança; a outra que teria reagido ao assalto e sido alvejado pelos criminosos. No entanto, as versões estão sendo revistas pela Polícia. "Ricardo levou dois tiros certeiros no peito. Acho pouco provável que balas perdidas sejam tão precisas", considerou a fonte.

Outra grande complicação que envolve o caso é a possibilidade de que o segurança que estava atuando nas proximidades da loja fosse funcionário de uma empresa clandestina chefiada por um delegado da Polícia Civil. Ainda está sendo apurado se o suposto policial prestava serviços à loja ou a um estabelecimento vizinho.

O delegado-geral afirmou que as providências sobre estas suspeitas já estão sendo tomadas e, caso se confirmem, os responsáveis serão investigados e punidos pelos órgãos responsáveis. Confirmada essa situação o fato será comunicado à Polícia Federal, que investiga empresas de segurança que funcionam de forma irregular ou clandestina. 

Já oficiamos à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD) solicitando um apoio da equipe da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), haja visto existirem suspeitas de que, provavelmente, existia segurança clandestina efetuada por policiais", disse Andrade Júnior.

Dificuldades

Procurado pela reportagem, o delegado titular do 15ºDP, Hélio Marques, informou que as investigações já tinham começado, mas não havia nada de conclusivo, por enquanto. "Não tivemos chances de desenvolver o inquérito, que esbarrou diversas vezes em dificuldades impostas pelos responsáveis pelas Lojas Americanas", disse Marques.

Segundo o delegado, o vigilante não foi ouvido e as gravações de circuito interno de segurança não chegaram até ele. "Fomos procurar por este vigilante, mas nos informaram no estabelecimento que lá, sequer, tinha segurança privada. Quanto às imagens, fui informado que uma pessoa, que se disse da Polícia, pegou dizendo que iria me entregar, mas não recebi", afirmou.

Hélio Marques declarou ainda, que não entende o posicionamento da empresa, em relação aos trabalhos da Polícia. "Se as Lojas Americanas estavam agindo dentro da legalidade, contratando empresas autorizadas a prestar serviços de segurança, não entendo porque tem colocado tantas barreiras nas investigações. Existe uma clara e comprovada obstrução de provas por parte da empresa", declarou o delegado Hélio Marques.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação das Lojas Americanas, via telefone e e-mail, para obter o posicionamento sobre o fato, mas foi informada que ninguém da empresa iria se pronunciar.

Família lamenta e pede justiça

"Vai sempre faltar ele e sobrar saudade em nossa família". Assim resumiu os efeitos da perda de seu parente, a madrasta de Ricardo Néri. Segundo ela, o rapaz era muito apegado aos familiares e sempre estava presente nos momentos em que se reuniam. A dona de casa afirmou estar inconformada com o que aconteceu e disse que vai insistir em buscar explicações para o episódio, que considerou como "uma dor que nunca vai passar".

Maria José Ribeiro contou que casou-se com o pai de Ricardo quando ele tinha apenas sete anos e criou o garoto com a ajuda dos avós paternos dele. "Desde pequeno ele era alegre, brincalhão e muito direito. Nunca foi desonesto com nada. Ficava uns tempos conosco e outros na casa dos avós. O avô dele tem 98 anos e usa um marca-passo. Não contamos a ele, porque não podemos deixá-lo passar por uma emoção tão forte como essas. Mais uma morte, neste momento, seria difícil de aguentar", contou Mazé Ribeiro.

Desde que chegou ao bairro Edson Queiroz, aos sete anos, Ricardo nunca mais deixou o lugar. Um vizinho, que preferiu não se identificar, disse que a indignação foi grande no local. "Se ele fosse envolvido com alguma coisa errada, podia até ser que a gente, de certa forma, já esperasse, mas o Ricardo não era esse tipo de gente. Ele era uma pessoa muito boa e honesta, que todo mundo aqui gostava. Um menino que sempre respeitou os outros e tratou todo mundo bem", relatou.

Para o vizinho do rapaz, sua morte representa um alerta de como a violência precisa ser combatida, em Fortaleza. "O mais estranho que achei nisso tudo foi que as pessoas trataram como uma fatalidade. Parece que ficou normal morrer no meio da rua, ser mais uma vítima da violência dessa Cidade. Se houve um assalto, exigimos que os ladrões sejam presos e se não houve, da mesma forma, exigimos que o culpado seja punido", declarou o homem indignado.

Assalto

A madrasta da vítima não acredita na versão do assalto à loja em que seu enteado estava. "Desconfiaram dele não sei porque e atiraram. Se foi um assalto, como ninguém viu esses assaltantes? Queremos respostas. Achamos estranho que todas as balas perdidas tenham encontrado ele".

A madrasta da vítima contou também, que a família já procurou um advogado para acompanhar o andamento do inquérito, que apura a morte de Ricardo Néri. "A prisão dos culpados não irá trazer ele de volta, mas não dá para aceitar calado o que fizeram. Vamos lutar sim, para que os responsáveis sejam presos. Ficamos procurando uma justificativa para termos perdido o Ricardo e não encontramos. Não aceitamos que ele tenha sido morto, por um descuido".

Antes de ser morto, Ricardo trabalhava com o pai em um lava-jato. Ele saiu do trabalho e foi trocar o carrinho de controle remoto que comprou para presentear o filho, em seu aniversário de dois anos, quanto foi atingido por dois tiros no tórax.

"Um trabalhador vai a uma loja trocar um objeto e volta morto. Para mim, isso nunca vai ter justificativa. Todo dia o filho chora chamando pelo pai, que não vai voltar, porque alguém se achou no direito de tirar a vida dele", desabafou Mazé.

CGD já foi acionada pela Polícia Civil

O responsável pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), o delegado federal Santiago Amaral, informou que já recebeu o ofício do delegado-geral, Andrade Júnior, solicitando apoio da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) nas investigações do fato. Ele revelou que mandou outro ofício pedindo detalhes sobre a possível conduta dos policiais supostamente envolvidos.

"A CGD solicitou à Polícia Civil, dirigindo-se ao delegado-geral por meio de um ofício, o pedido de informações quanto aos indícios de participação de policiais neste caso, para que verifique se há, ou não, competência para apurar o fato", declarou Santiago Amaral.

Proibido

Mesmo sendo proibido por lei aos policiais civis e militares desempenharem funções remuneradas semelhantes às suas, em horários de folga, o controlador diz que analisa cuidadosamente denúncias dos chamados 'bicos'. "Verifico com muito cuidado. Não se pode ser extremista. Um pai de família que só está procurando complementar sua renda não pode ser punido com medida máxima, como a demissão".
AUTOR: DN

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