ACUSADO DE MATAR AGENTE DE VIAGENS É CONDENADO A 20 ANOS DE PRISÃO

A vítima foi encontrada somente na tarde seguinte ao dia do crime, já sem vida, dentro da residência localizada na Rua Cesário Lange, em Messejana; acusado foi preso quatro dias depois, trafegando com o carro roubado FOTO: FABIANE DE PAULA

O homem acusado de roubar e matar o agente de viagens Francisco Djanir Pinheiro Landim, em 13 de março deste ano, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado. O juiz Henrique Jorge Granja de Castro, titular da 8ª Vara Criminal de Fortaleza, decidiu pela condenação de José Evandro da Silva pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Evandro, em depoimento, admitiu que participou da morte do agente de viagens, citando que agiu em conjunto com um outro homem, identificado apenas como 'Edgar', que nunca foi encontrado pela Polícia.

O magistrado, ao analisar o caso, enfatizou que "a confissão do acusado, admitindo participação na morte da vítima, encontra apoio no restante da prova dos autos".

Para o juiz, o acervo probatório é "suficiente para apontar a autoria e exigir a responsabilidade criminal do acusado, quanto ao delito de latrocínio". A documentação foi analisada no último dia 19.

Castro também destacou na decisão que "não há evidências maiores da existência desse tal de Edgar, muito embora o destroço praticado contra a vítima, na sua residência, possa de fato ter sido efetivado por mais de um agressor". O réu não poderá apelar liberdade. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do último dia 1º.

Segundo os autos do Inquérito, a Polícia foi acionada por volta das 14h30 de 14 de março deste ano, para apurar um homicídio ocorrido na noite anterior, na Rua Cesário Lange, bairro Messejana, na Capital. Na residência indicada pela denúncia, os policiais encontraram o corpo de Francisco Djanir.

Quatro dias depois, José Evandro foi preso, no Município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com o veículo da vítima. Durante o interrogatório, o acusado confessou a autoria do crime e disse que costumava se relacionar sexualmente com a vítima em troca de dinheiro.

O caso

Evandro contou em depoimento que estava numa praça, quando Francisco Djanir, acompanhado de um homem identificado apenas como Edgar, o convidou para ir à casa dele. O réu aceitou o convite e, na residência, manteve relações sexuais com Djanir.

Em seguida, segundo o acusado, Edgar esfaqueou e matou a vítima por enforcamento utilizando um pano. José Evandro admitiu também ter ajudado a sufocar a vítima, fugindo levando pertences de Djanir. Posteriormente, em juízo, José Evandro acrescentou que matou com a intenção de roubar e se apoderar de telefones celulares, dinheiro e peças de ouro. Quanto a Edgar, nunca foi localizado.

AUTOR: DN