As 14 crianças que foram atendidas, na última sexta-feira (22), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caucaia, distante 15 Km da Capital, após terem sido envenenadas com curamínico, veneno para rato, passam bem, conforme informações da unidade. Elas foram liberadas para casa ainda na noite de sexta. Porém, uma menina segue internada no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza.
Segundo a assessoria de comunicação do IJF, o estado de saúde da criança que foi encaminhada ao Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do hospital é estável. Na manhã de ontem, ela recebia medicamentos na urgência pediátrica, mas ainda não tinha previsão de alta. A menina precisou ser levada ao IJF por não ter aguentado realizar a lavagem gástrica na UPA de Caucaia.
Já as vítimas atendidas na UPA foram liberadas às 22h de sexta-feira, após a realização dos procedimentos e exames, explicou a enfermeira Iana Isis Sampaio Forte, que participou dos atendimentos.
As vítimas foram submetidas a hidratação, lavagem gástrica e carvão ativado. Alguns pacientes foram tratados ainda com vitamina K.
Neste sábado (23), destacou Iana, durante o período da tarde, as 14 crianças deveriam voltar à UPA para novos exames toxicológicos. "Com esses exames, poderemos saber se o tóxico foi expelido pelo corpo. Esse é o procedimento", explica.
A Polícia trabalha com duas versões para o envenenamento. A primeira é que uma das crianças teve acesso ao veneno na porta da escola, quando um homem de bicicleta ofereceu a substância para que ela distribuísse entre os colegas, afirmando tratar-se de bombons.
A segunda é que a menina teria levado o veneno de casa para a escola e distribuído, além de ela própria ter ingerido. Ela teria inventado a história sobre o homem de bicicleta.
O cumarínico, veneno que intoxicou as crianças, é usado contra ratazanas. A substância possui efeito anticoagulante e as consequências da ingestão podem surgir em até 72 horas.
AUTOR: DN
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