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segunda-feira, 7 de julho de 2014

PESQUISA DA ONU APONTA QUE 90% DAS INDIANAS TÊM MEDO DE SAIR NA RUA

Um lugar do mundo onde um grupo de mulheres é condenado desde o nascimento a uma vida de humilhações e de violência. Esse lugar é a Índia, país com um sistema de divisão social bastante rígido: as chamadas castas. 

Quem nasce na camada mais baixa é chamado de ‘dalit’ ou 'intocável', mas o nome não significa privilégio algum. Os 'intocáveis' não têm direitos e são vítimas de todo tipo de agressão, especialmente as mulheres. Algumas chegam a ser atacadas com ácido.

Lugares onde as mulheres nascem com o destino traçado, e o destino é o sofrimento: abusos sexuais, estupros, abortos e abandonos de bebês apenas por serem meninas, mutilações e agressões físicas.

Esse é o país chamado de a maior democracia do mundo - com mais de 1,2 bilhão de habitantes -, mas que considera muitas de suas mulheres pessoas não respeitáveis.

Há um ano e meio, um caso bárbaro levou milhares de pessoas a protestar nas ruas das principais cidades da Índia. Ao sair do cinema, na capital Nova Déli, um casal entrou em um ônibus, na frente de um shopping center. Durante a viagem, ele foram espancados por seis homens. Os agressores estupraram a mulher, Jyoti Singh, de 23 anos. Os dois foram jogados do ônibus em movimento e, 13 dias depois, Jyoti morreu.

A sociedade indiana é dividida em castas, grupos em que o filho herda a condição social dos pais. Quanto mais alto na pirâmide, mais direitos a pessoa tem. Mas a maior parcela da população, a base, é formada pelos dalits: os intocáveis. São mais de 160 milhões de pessoas - quase um Brasil inteiro - sem direitos. E dentro das outas castas, os homens têm poderes que elas não têm.

Para mostrar o problema de perto, a jornalista Radha Bedi - uma inglesa de origem indiana - foi até Nova Déli. Radha encontra casos de violência contra os dalits todos os dias.

“Os jornais estão cheios de histórias de violência sexual e estupros: Garota dalit estuprada por gangue; mulher atacada com ácido; 350 estupros em Nova Déli nos quatro primeiros meses desse ano”, ela diz.

As agressões contra as mulheres na Índia começam ainda antes do nascimento e se espalham por todas as classes sociais. Muitas famílias indianas, mesmo as mais ricas, veem o nascimento de uma menina como um desperdício, um problema financeiro. Elas representam gastos com educação, alimentação e, para casar uma filha, é preciso juntar um grande dote, ou seja, dar presentes para a família do marido.

Com esse argumento, o marido e os sogros de Mitu queriam que ela abortasse as filhas gêmeas.

Mitu: Depois do ultrassom que mostrou que eram meninas, eles queriam que eu tirasse os bebês. Pararam de me dar comida.
Radha: Nada para comer?
Mitu: Não. E o meu marido me empurrou das escadas. Eu comecei a sentir dores no abdômen e a ter um corrimento. Então eles me trancaram em um quarto.

Mitu fugiu, teve as duas filhas e se tornou uma ativista contra esse tipo de aborto. “Ultrassons servem para detectar anomalias. Ser mulher não é uma anomalia. Na Índia, esses abortos se tornam uma indústria milionária”, afirma.

Decidir abortar com base no sexo do bebê é crime na Índia, mas a prática é muito comum. Um estudo mostrou que, na última década, quatro milhões de bebês foram abortados apenas por serem do sexo feminino.

E as bebezinhas, muitas vezes, são abandonadas pela família. A Índia inteira conhece um tipo estranho de orfanato: só para meninas.

Radha: Como ela se chama?
Veena: Aradhya. Ela foi jogada no mato.
Radha: Quanto tempo de vida ela tinha?
Veena: Dois dias.

Crescer, para elas, não é garantia de sobrevivência. Foi o caso de Jyoti Singh, estuprada e jogada do ônibus. Para o pai, ela era a esperança da família. “Ela estudava para ser fisioterapeuta. Eram 21h quando ela ficou inconsciente. Eu pus a mão sobre a cabeça dela e ela me beijou. Depois, não abriu mais os olhos e deixou esse mundo”, lamenta.

Radha foi conversar com o advogado da família de Jyoti.

Radha: O que é ser respeitável?
Advogado: Quando você olha para uma pessoa a sente respeito por essa pessoa, ela é respeitável. Se ela fosse respeitável, isso nunca teria acontecido.
Radha: Então o senhor acha que ela foi responsável por ter sido estuprada e morta?
Advogado: Sim. Não dá para dizer que apenas os estupradores foram responsáveis. Ela também foi responsável.

Na Índia, ainda existe mais uma forma de violência recorrente contra as mulheres, uma agressão extrema, selvagem e covarde: 80% dos casos em que as mulheres são atacadas com ácido são cometidos por homens ciumentos que não querem que a mulher e se case com mais ninguém.

Entre 2010 e 2012, foram 225 ataques. Em 2002, tinham sido 496. Houve uma queda, mas ainda assim são números absurdos. As vítimas raramente morrem. Ficam desfiguradas e, muitas vezes, cegas.

Tuba foi atacada quando tinha apenas 14 anos. O rosto dela ficou deformado demais.

Radha: Como isso aconteceu?
Tuba: Eram 5h30. Um grupo de rapazes passou por mim e jogou ácido no meu rosto. Um deles sempre tentou se aproximar de mim, mas eu nunca dei bola para ele.
Pai de Tuba: Dá para notar que a boca dela não abre toda? Ela tem muita dificuldade para se alimentar. Só toma líquidos e precisa usar esses canudos no nariz para poder respirar direito.

Quatro dos homens que atacaram Tuba foram presos e ainda esperam pelo julgamento. “Eu queria que eles também tivessem ácido jogado nos rostos deles, como fizeram comigo”, diz Tuba.

A pena máxima para esse tipo de crime na Índia é de dez anos, mas os julgamentos, muitas vezes, se arrastam por anos e as penas podem ser muito mais leves.

A violência frequente contra as mulheres na Índia chamou a atenção dos órgãos internacionais. A ONU fez uma pesquisa e constatou que 90% das indianas têm medo de sair nas ruas.

“Os homens querem mostrar poder, que estão no controle. E esse comportamento passa de geração para geração. Os meninos tratam mal as irmãs, e vão abusar das jovens e, depois, torturar as esposas. É urgente passarmos a valorizar as mulheres nesse país imediatamente”, afirma Sabrina.

Mas as mulheres indianas começam a se erguer. E os protestos provocados pela morte de Jyoti mostram que já existe um movimento na Índia pela valorização da mulher.

AUTOR: FANTÁSTICO

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