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segunda-feira, 15 de julho de 2013

IJF ATENDEU NO PRIMEIRO SEMESTRE 82 CASOS DE CRIANÇAS E JOVENS BALEADOS

Os registros de agressão contra crianças e adolescentes não são fatos raros no maior hospital de urgência e emergência de Fortaleza. FOTO: FABIANE DE PAULA

Em 2013, no período de janeiro até junho, o Instituto Doutor José Frota (IJF) registrou 133 casos de violência contra crianças e adolescentes. Desse número, 82 adolescentes entre 15 e 17 anos foram vítimas de disparos de armas de fogo. Um número de 70 casos a mais que o registrado no mesmo período, em 2012.

As crianças de 10 a 14 anos vítimas de tiros já somam 34 casos. Entre as crianças de zero a 4 anos e 11 meses foram registrados 14 casos de violência e nas idades entre 5 a 9 anos foram 13 notificações, todas em 2013.

Regionais

Já garotos de 10 a 14 anos, são 34 casos, e adolescentes entre 15 anos a 17 anos e 11 meses lideram o ranking da violência com 72 casos. Ainda de acordo com o balanço do IJF, a Secretaria Executiva Regional V (SERV), que cobre bairros da zona Sul de Fortaleza, como Serrinha, Vila Peri, Vila Manuel Sátiro, Parangaba e Bom Jardim, é a que registra o maior número de violência contra crianças e adolescentes, seguida pela regional I, com 18 casos e a Regional V, com 15 notificações.

De acordo com informações da chefe do núcleo de assistência social do IJF, Vivianny Jucá, o perfil das vítimas de violência são jovens que só estudaram até a quarta série, estão afastados da escola e quase todos têm envolvimento com o tráfico de drogas na periferia de Fortaleza.

A assistente social alerta para o aumento no número de casos. "É o primeiro sinal de que existe uma diminuição na idade das pessoas envolvidas com o tráfico. Eles (os traficantes) estão usando, cada vez, mais crianças. Esses meninos tanto são usuários como ´mulas´, que vendem ou fazem a distribuição da droga. Vivianny explica que as meninas das comunidades de Fortaleza são chamadas de ´filé´, na verdade, são as namoradas dos traficantes. "São as mais bonitas e que se destacam na comunidade e, quando existem acertos de contas, o que acontece é que tanto se mata o traficante, o usuário e quem está o acompanhando".

Metropolitana

Outro fato que chama a atenção nas estatísticas é a diferença no número de pacientes vítimas de armas de fogo e branca. No último ano, foram 82 vítimas de tiro e sete pacientes vítimas de facada, o que mostra uma disseminação no uso da arma de fogo entre adolescentes. Em 2012, foram duas crianças mortas por facadas e nove por arma branca e 28 em decorrência de tiros.

Na Região Metropolitana, o Município de Caucaia apresenta maior reincidência de violência contra crianças com 11 casos, Maracanaú com sete e Eusébio quatro. Já Pacajus e Horizonte têm um caso cada, e Maranguape apresentou dois. "Mas isso não quer dizer, por exemplo, que em Horizonte, tenha um número menor de casos, pois lá existe um hospital", ressalta.

A assistente social explica que o número reflete a assistência que é dada fora do IJF. Muitos dos casos não chegam ao Instituto Doutor José Frota (IJF). Além daqueles em que os adolescentes morrem no local da agressão. Geralmente, os casos são com tiros na cabeça e a maioria falece após chegar no hospital. Quanto menor a idade, os criminosos atiram nas mãos ou nas pernas das vítimas. "É quase uma marcação de que se o adolescente continuar indo contra as regras do crime provavelmente vai morrer depois", adverte.

Namorados

No primeiro semestre de 2013, o IJF também registrou aumento de agressão de garotas pelos namorados. Como as jovens começam a se relacionar afetivamente mais cedo, são agredidas mais precocemente pelos namorados e companheiros.

"Só chegam no IJF os pacientes mais graves. Outros casos de menor gravidade não são atendidos aqui, pois são levados para os demais hospitais de emergência da Capital e, portanto, não entram no balanço. Por isso o número deve ser maior pois existem as UPAS (Unidades de Pronto-Atendimento), além dos hospitais distritais ´Frotinhas´ e ´Gonzaguinhas´ (localizados em vários bairros)", ressalta a chefe do Serviço Social do ´Frotão.
A chefe do Serviço Social do IJF, Vivianny Jucá, explica que os casos recebidos pelo hospital são notificados aos órgãos que farão a apuração, como a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) FOTO: LUCAS DE MENEZES

Hospital relata agressões ao Conselho Tutelar e à Dececa

Quando acontece um caso de agressão à criança ou ao adolescente por parte da família, o Conselho Tutelar da região onde ocorreu o fato é notificado e a assistência social do IJF-Centro acompanha o procedimento.

Existe também notificação à Delegacia de Combate aos Crimes de Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) e à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) quando existe a suspeita de qualquer envolvimento policial.

Vivianny Jucá afirma que os conselheiros estão constantemente no hospital e as entidades possuem articulação com o Ministério Público. Há casos em que as promotorias agem rapidamente e conseguem suspender o pátrio poder.

A chefe da assistência social do IJF destaca o trabalho da Promotoria da cidade de Caucaia e do distrito de Jurema. Ela explica que todos os casos na região são resolvidos com agilidade.

"Temos mulheres que assumem completamente o cuidado da casa, da criação dos filhos e trabalho externo para o sustento da casa. Desde cedo essas crianças são criadas sozinhas. Se a vida para elas, não tem valor, imagina a dos outros. Eles morrem cedo", lamenta Vivianny.

Sem valor

A taxa de mortalidade dos jovens envolvidos com o tráfico é, em média, de 23 anos. Com esta idade já estão no fim da vida. Nas entrevistas, os adolescentes agem como se a vida não tivesse nenhum valor. "O importante para eles é ser o dono da boca de fumo e a namorada ser a menina mais bonita da comunidade. É necessário resgatar o valor da vida. Quando fazemos entrevistas com os pacientes, percebemos que a vida, para eles, não tem o menor valor", explica.

Tiro

Um dos casos que o IJF atendeu e continua acompanhando é o de um adolescente do sexo masculino que entrou com 15 anos no hospital vítima de tiro na cabeça pois estava se relacionando com a namorada de um traficante da área, que mandou dar um tiro na vítima. O crime ocorreu em 2010 e o adolescente permaneceu três anos internado saindo do hospital três meses.

Acidentes de trabalho são causas de lesões graves

No primeiro semestre, o IJF encaminhou cinco à Delegacia Regionais de Trabalho (DRT) cinco notificações versando sobre casos de pacientes menores de idade que sofreram lesões quando estavam trabalhando, inclusive uma criança de 4 anos de idade que estava descascando mandioca e teve os dedos decepados.

O fato aconteceu no Interior do Ceará. Os outros quatro casos foram com uma criança de 11 anos e outros três adolescentes entre 16 e 17 anos.

A assistente social ressaltou um caso, também neste ano, de duas crianças de uma mesma família que foram atropeladas em dias diferentes, enquanto pediam esmola nos sinais, e uma das crianças faleceu no IJF.

Alugada

Outro caso que o IJF atendeu foi de uma criança que era ´alugada´ para pedir esmola nas ruas de Fortaleza e foi envenenada porque não servia mais para o tipo trabalho, pois era uma criança que não sabia pedir esmola e foi intoxicada pela pessoa que a usava com pedinte. A criança chegou ao hospital com parada cardiorrespiratória e foi encaminhada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde permaneceu por um longo período.

Adotada

A Justiça suspendeu o pátrio poder da família e a paciente foi colocada à disposição para a adoção, passou muito tempo a espera de uma família adotiva, e uma funcionária do hospital entrou na Justiça e adotou a criança.
Geralmente, os menores são baleados quando ocorrem confrontos entre gangues em bairros da periferia de Fortaleza e na Região Metropolitana FOTO: KIKO SILVA

Balas "perdidas" matam garotos

Um balanço divulgado pelo Diário do Nordeste no dia 14 dezembro de 2012, divulgou que as ocorrências de bala perdida levam até três crianças, por mês, ao Instituto Doutor José Frota (IJF). Ainda na matéria, uma enfermeira pediátrica, que preferiu não ser identificada, informou que ferimentos de bala perdida são o segundo motivo de internamento na Pediatria, perdendo apenas para acidentes domésticos, que chegam a ser a causa de sete internações ao mês naquele setor do hospitalar.

No dia 6 de junho deste ano, uma criança de 9 anos morreu após ser atingida por um disparo no Conjunto Palmeiras. No local do crime ocorria uma briga entre gangues das ruas Babaçu e Saquarema. Francisco Darlison de Sousa Lima brincava na calçada da própria residência quando dois indivíduos chegaram à Rua Conde Sandoval e efetuaram vários disparos.

A criança foi baleada na cabeça e socorrida ao ´Frotinha´ de Messejana, mas não resistiu. Dois suspeitos foram detidos, mas negaram participação. A Polícia afirmou que um dos detidos estava na garupa de uma moto e efetuou os disparos.

Já no dia 23 do mês de maio, uma criança de 11 anos também foi vítima de bala perdida no Conjunto Palmeiras. O crime ocorreu devido a outra briga entre gangues. Antônia Joyciane Feitosa Oliveira saiu ferida do tiroteio na Rua Maguary.

AUTOR: DN

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