Os dois xadrezes do 19º DP estão superlotados. A delegacia tem capacidade para abrigar apenas 12 detentos, mas, atualmente, 21 estão recolhidos FOTO: TUNO VIEIRA
Uma fuga em massa de presos foi evitada, na madrugada de ontem, dos xadrezes do 19º DP (Conjunto Esperança). O inspetor Plínio Bastos Filho, que estava trabalhando sozinho na permanência, percebeu a movimentação estranha dos presos por volta de 23 horas de sábado, e ficou atento. Cerca de quatro horas depois, o policial civil ouviu barulho de serras sendo usadas na carceragem.
Ao ter a certeza de que os 21 presos pretendiam fugir, o inspetor pediu ajuda. Em poucos minutos, patrulhas do Comando Tático Motorizado (Cotam) chegaram à delegacia e realizaram uma vistoria. A serra foi apreendida, bem como, várias baterias de celulares O material foi encaminhado ao 30ºDP.
Alavanca
Logo que os policiais militares chegaram, o inspetor Plínio Bastos Filho foi alertado sobre a presença de uma pessoa do lado de fora da delegacia que estaria provavelmente com uma barra de ferro. O policial foi verificar e ainda viu a pessoa, possivelmente um adolescente correndo. Ele, no entanto, deixou o objeto no local, uma alavanca.
A ferramenta seria usada para quebrar cadeados e até como arma para render o policial civil. Plínio contou que ele e os colegas que trabalham na permanência (vigilância da DP) recebem, durante as madrugadas, telefonemas anônimos de ameaças de morte e de resgate de presos.
Tensão
Pela manhã, no momento da rendição, o inspetor Aldenor Felipe, que substituiu Plínio Bastos no plantão, entrou em contato com os operadores da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) pedindo reforço porque os presos permaneciam agitados. "Trabalhamos sob constante clima de tensão", disseram os policiais civis.
O 19º Distrito Policial tem apenas dois xadrezes, cada um com capacidade para abrigar seis pessoas. A delegacia, atualmente, a exemplo da demais localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), abriga 21 presos, quase o dobro da sua real capacidade estrutural.
Na noite da última quinta-feira, 20 presos fugiram dos xadrezes do 25º DP (Vila União). E na semana passada, a Polícia Militar teve que ser acionada várias vezes para conter motim dos presos recolhidos na carceragem da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro.
AUTOR: DN
Uma fuga em massa de presos foi evitada, na madrugada de ontem, dos xadrezes do 19º DP (Conjunto Esperança). O inspetor Plínio Bastos Filho, que estava trabalhando sozinho na permanência, percebeu a movimentação estranha dos presos por volta de 23 horas de sábado, e ficou atento. Cerca de quatro horas depois, o policial civil ouviu barulho de serras sendo usadas na carceragem.
Ao ter a certeza de que os 21 presos pretendiam fugir, o inspetor pediu ajuda. Em poucos minutos, patrulhas do Comando Tático Motorizado (Cotam) chegaram à delegacia e realizaram uma vistoria. A serra foi apreendida, bem como, várias baterias de celulares O material foi encaminhado ao 30ºDP.
Alavanca
Logo que os policiais militares chegaram, o inspetor Plínio Bastos Filho foi alertado sobre a presença de uma pessoa do lado de fora da delegacia que estaria provavelmente com uma barra de ferro. O policial foi verificar e ainda viu a pessoa, possivelmente um adolescente correndo. Ele, no entanto, deixou o objeto no local, uma alavanca.
A ferramenta seria usada para quebrar cadeados e até como arma para render o policial civil. Plínio contou que ele e os colegas que trabalham na permanência (vigilância da DP) recebem, durante as madrugadas, telefonemas anônimos de ameaças de morte e de resgate de presos.
Tensão
Pela manhã, no momento da rendição, o inspetor Aldenor Felipe, que substituiu Plínio Bastos no plantão, entrou em contato com os operadores da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) pedindo reforço porque os presos permaneciam agitados. "Trabalhamos sob constante clima de tensão", disseram os policiais civis.
O 19º Distrito Policial tem apenas dois xadrezes, cada um com capacidade para abrigar seis pessoas. A delegacia, atualmente, a exemplo da demais localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), abriga 21 presos, quase o dobro da sua real capacidade estrutural.
Na noite da última quinta-feira, 20 presos fugiram dos xadrezes do 25º DP (Vila União). E na semana passada, a Polícia Militar teve que ser acionada várias vezes para conter motim dos presos recolhidos na carceragem da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro.
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