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domingo, 15 de julho de 2012

MIGRAÇÃO DO TRÁFICO APÓS UPPS FORMA NOVA "FAIXA DE GAZA", ÁREA MAIS VIOLENTA DO RIO DE JANEIRO

Nando Bacalhau, do Chapadão, costuma frequentar bailes na comunidade

Por causa da violência, a avenida Leopoldo Bulhões, que fica entre as favelas de Manguinhos e do Jacarezinho, na zona norte do Rio, passou a ser chamada de Faixa de Gaza, uma referência à região marcada por conflitos no Oriente Médio. Entretanto, com índices de homicídio até três vezes maior, a área do morro do Chapadão, Complexo da Pedreira e favela de Acari superou as regiões de Manguinhos e Jacarezinho em criminalidade e conquistou o triste título de região mais violenta da cidade.

A principal causa disso é a migração de traficantes, que deixaram as favelas ocupadas pelas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), segundo explica o comandante do Batalhão de Irajá (41º BPM), tenente-coronel Carlos Eduardo Sarmento.

— Aqui nós temos redutos importantes das três facções criminosas do Rio, que receberam traficantes da Rocinha, do Macacos, da Mangueira e de outras favelas. Apesar de darem abrigo, os traficantes locais não conseguem manter os aliados e os autorizam a conseguir "dinheiro na pista". Então, eles descem o morro e vão roubar.
As cracolândias ao logo da linha do metrô também colaboram para o aumento dos crimes na região, porque os usuários cometem furtos e pequenos roubos para comprar a droga.

Na Delegacia da Pavuna (39ª DP), os depoimentos de vítimas revelam a violência das quadrilhas. No último dia 26, um PM estava com a mulher no carro, quando bandidos armados com fuzis fecharam a avenida Automóvel Club e fizeram um arrastão. O policial saiu do carro e disse ao criminoso que tudo estava dentro do veículo. Assim que o assaltante baixou o fuzil, o PM reagiu e baleou o criminoso, que morreu no hospital alguns dias depois.

Na mesma delegacia, há inquéritos sobre o tráfico no Chapadão, Complexo da Pedreira e Acari. Investigadores estimam que o Chapadão fature R$ 2 milhões por mês. Em Acari, que não vende crack e foca na cocaína, a receita do tráfico pode superar os R$ 5 milhões por mês. Com a migração de traficantes após a instalação de UPPs, os agentes dizem acreditar que só no Chapadão e no Complexo da Pedreira existam cerca de 400 fuzis nas mãos de bandidos, conforme relata um investigador.

— Os traficantes que migraram são aqueles que têm “conceito”, chefes ou gerentes do tráfico. Esses criminosos não vão sozinhos, mas levam seus homens de confiança, grupos de dez a 15 bandidos, todos fortemente armados. Essas favelas já eram muito bem armadas, com esse reforço então...

Viaturas atacadas e "bonde" de policiais
A violência na região é tão grande que até os policiais têm medo. Segundo o tenente-coronel Sarmento, desde o início do ano, pelo menos dez viaturas do 41º BPM foram alvejadas por tiros, simplesmente por circular pela região, sobretudo no entorno do morro da Pedreira. No caso mais grave, um PM foi atingido por um tiro na cabeça e perdeu a visão de um olho. Na 39ª DP, os investigadores evitam sair sozinhos e formam “bondes” de pelo menos cinco carros na hora de ir para casa.

Segundo Sarmento, as operações policiais diárias em favelas da região interromperam os ataques a policiais e começaram a reduzir a criminalidade.

— Nos meses de junho e julho, já devemos ter uma redução. Já tivemos informações de que o Nando Bacalhau deu ordens para o pessoal do Chapadão parar de roubar. Mas em algumas áreas, os criminosos enfrentam a polícia mesmo. Na Pedreira, já ouvimos pelo rádio os criminosos recebendo ordens de roubar no asfalto, como represália às ações da polícia.

Apesar de ser responsável por garantir a segurança na área com maior incidência de crimes do Rio, o 41º BPM sofre com baixo efetivo. São 460 policiais, pouco mais do que o empregado na UPP do morro da Mangueira, por exemplo, que tem 403 PMs. O Batalhão de Irajá, no entanto, patrulha 14 bairros: Costa Barros, Pavuna, Barros Filho, Parque Columbia, Acari, Irajá, Colégio, Vila da Penha, Vicente de Carvalho, Vila Kosmos, Guadalupe, Anchieta, Parque Anchieta e Ricardo de Albuquerque (veja mapa abaixo).

Sarmento diz que, em média, 120 homens circulam por dia nas ruas da região, mas que, desde o começo deste mês, o efetivo dobrou a partir do RAS (Regime Adicional de Serviço) - policiais, não só do 41º BPM, trabalham em dias que estariam de folga.

De acordo com o ISP (Instituto de Segurança Pública), entre janeiro e abril, foram registrados 74 homicídios dolosos (com intenção) na área patrulhada pelo 41º BPM, alta de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Na capital, os homicídios caíram 10% e na zona norte, 15%.

O índice de homicídios na área do 41º BPM é mais de três vezes maior do que o registrado na área do 22º BPM (Maré), que abrange seis bairros, além dos complexos de favelas da Maré e de Manguinhos, onde houve 22 homicídios no mesmo período. Na área patrulhada pelo 3º BPM, composta por 22 bairros, onde ficam dezenas de favelas, como Jacarezinho e o Complexo do Lins, houve 34 assassinatos.

No quesito roubo de veículos, os bandidos dos morros da Pedreira, Quitanda, Lagartixa e Chapadão foram responsáveis por parte dos 829 casos ocorridos entre janeiro e abril, média de sete casos por dia e alta de 36%, índice maior do que o verificado na capital, onde o aumento foi de 20% e, na zona norte, de 28%. Na área do 22º BPM, a média não chegou a dois veículos roubados por dia. Já na área do 3º BPM, do outro lado da antiga "Faixa de Gaza", a média foi de quatro roubos de veículos a cada 24 horas.

Outro lado

Na área do 41º BPM, também aumentaram os crimes de tentativa de homicídio (35%), roubo a estabelecimento comercial (125%), roubo a residência (50%) e roubo de cargas (87%). O roubo a pedestre caiu, mas apenas 5%. A Secretaria de Segurança Pública admite que a presença do tráfico na região ainda é forte, mas nega o aumento dos crimes, citando a redução de homicídios no mês de maio como exemplo. A secretaria informou também que a PM faz incursões diárias nas favelas da região e que há previsão para a implantação de UPPs até 2014.
FONTE: R7

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