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segunda-feira, 23 de julho de 2012

ESGOTO ESQUENTOU CHÃO EM RESIDÊNCIA NA PONTA GROSSA (AL)

Casa que esquentava foi visitada pelo IMA e após perfuração calor se dissipou e ambiente esfriou

Houve quem pensou que poderia ficar rico com petróleo. Outros achavam que poderia se tratar de atividades paranormais. Acharam também que uma reserva de gás explosivo estaria no subsolo da residência no bairro da Ponta Grossa. Todas essas ideias surgiram devido ao aumento da temperatura do imóvel de número 115, localizado na Rua Marquês de Pombal, que ultrapassava os 42 graus Celsius.

Acertaram aqueles que deduziram que havia gases de esgoto misturado aos compostos orgânicos do solo de onde a residência foi construída. Essa foi a conclusão que os integrantes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) chegaram com especialistas da agronomia, engenharia química e geologia, após perfurar o chão da residência e coletar amostras de água e terra.

De acordo com o diretor técnico do IMA, Ricardo César, o antigo reduto de mangue que havia no bairro da Ponta Grossa é uma das causas naturais das reações orgânicas no subsolo. Porém a existência de uma fossa mal construída e esgotos sem o devido tratamento contribuíram para o superaquecimento do chão da casa, causando transtorno para os moradores. “Os resultados mostraram que o lençol freático abaixo da residência é muito rico em coliformes fecais e bactérias de esgoto”, explica.

Os inquilinos foram transferidos do local, mas um fator que chamou atenção do diretor técnico é que o fenômeno só aconteceu em uma única residência do bairro. “Foi uma condição bem específica. A reação da matéria orgânica da área de mangue com o esgoto causou a liberação de calor. Mas após abrirmos o buraco o calor foi dissipado”, tranquiliza Ricardo.

FONTE: TRIBUNA HOJE

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