ENGENHEIRO MORTO AO FUGIR DE ASSALTO

Depois de baleado, o engenheiro perdeu o controle do seu automóvel e se chocou contra um poste na calçada do Bradesco, na Av. Pontes Vieira. FOTO: NAVAL SARMENTO

A Polícia não acredita que a morte do engenheiro José Iran da Silva, 58, tenha sido ´encomendada´. Para os inspetores do 4º Distrito Policial (Pio XII), a maneira de agir dos criminosos deixa claro que se tratou de uma tentativa de assalto que terminou em assassinato porque a vítima tentou arrancar com o carro no momento da abordagem dos marginais.

O crime ocorreu, por volta das 22h30 de anteontem, na Avenida Pontes Vieira, na calçada da agência do Bradesco que fica de frente para o Parque Rio Branco.

Um garoto de 16 anos, suspeito de envolvimento no crime, foi apreendido, no começo da madrugada de ontem, e encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). 

Ele encontra-se custodiado na Casa de Acolhimento, ao lado daquela Especializada, para prestar esclarecimento sobre a morte do engenheiro, principalmente sobre a autoria dos disparos e o nome do comparsa. O adolescente mora na comunidade do Lagamar.

Silentes

Logo que tomaram conhecimento do crime, inspetores do 4ºDP e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) iniciaram as investigações. O relato das testemunhas sobre a rota de fuga dos bandidos apontou que seguiram em direção ao Lagamar.

José Iran da Silva morava na Rua Barros Leal, 2360, São João do Tauape, próximo ao local do crime. Por volta de 9h30 de ontem, os familiares do engenheiro compareceram à sede da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), para liberar o corpo. Entretanto, por estarem bastante abalados, não quiseram conversar com a Reportagem.

Os vizinhos estavam estarrecidos com o que ocorreu. Eles contaram que vivem amedrontados porque aquele trecho da Rua Barros Leal é considerado muito perigoso, pois quase diariamente são registrados assaltos do tipo ´saidinha´ bancária.

Na maioria´ das vezes, o crime é cometido por dois homens em uma motocicleta. Em alguns casos, os bandidos contam com o apoio de comparsas que estão de carro. Além disso, por aquela rua os marginais facilmente chegam ao Lagamar.

O delegado Márcio Rodrigues, da DHPP, compareceu ao local e informou que câmeras existentes naquela área poderão ajudar a Polícia a identificar os homens que atacaram e mataram o engenheiro.
FONTE: DN